Já entrei no meu jardim, minha noiva, minha querida.
Estou colhendo mirra e outras plantas perfumosas; estou comendo o meu favo de mel e bebendo o meu vinho e o meu leite.
Eu dormia, mas o meu coração estava acordado.
Então ouvi o meu amado bater na porta.
Eu já tirei a roupa; será que preciso me vestir de novo? Já lavei os pés; por que sujá-los outra vez?
O meu amor passou a mão pela abertura da porta, e o meu coração estremeceu.
Eu já estava pronta para deixar o meu querido entrar. As minhas mãos estavam cobertas de mirra, e os meus dedos também, e eu segurava o trinco da porta.
Então abri a porta para o meu amor, mas ele já havia ido embora. Como eu queria ouvir a sua voz!
Procurei-o, porém não o pude achar; chamei-o, mas ele não respondeu.
Os guardas que patrulhavam a cidade me encontraram; eles me bateram e me machucaram; e os guardas das muralhas da cidade me arrancaram a capa.
Prometam, mulheres de Jerusalém: se vocês encontrarem o meu amado, digam que estou morrendo de amor…
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